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sábado, 12 de outubro de 2013

Fic Little Things - Capítulo 9

                                         Capítulo 9 - Perfect



Fanfic / Fanfiction de One Direction - Little Things - Capítulo 9 - Perfect

Rebecca Simpson
Fui praticamente me arrastando para a escola no dia seguinte, desejando mais do que nunca que alguma coisa, qualquer coisa, acontecesse para que eu não tivesse de ir à aula. Se tivesse sorte, talvez eu fosse atropelada enquanto caminhasse pelo estacionamento da escola, o que não seria má ideia.
Assim que cheguei a aquele lugar que tanto detestava, não vi Bonnie em lugar nenhum do estacionamento, então decidi encontrá-la na sala. Enquanto seguia meu caminho pelos corredores, percebi um pequeno grupo de pessoas paradas em um canto, olhando alguma coisa colada no quadro de anúncios da escola. Eu não fazia ideia do que poderia ser, mas devia ser algo engraçado já que todos riam muito.
Com uma curiosidade visível, me aproximei para ver do que se tratava e, quando o vi, senti como se tivessem injetado água gelada em minhas veias, congelando-me por completo. Meus olhos simplesmente não conseguiam acreditar que, colado no mural da escola, estava nada mais nada menos que uma foto minha de toalha, completamente molhada e com uma cara totalmente assustada. Alguém devia ter tirado-a quando sai do vestiário para procurar Bonnie no dia anterior.Aquilo não podia estar acontecendo comigo.
Decidida a acabar com a brincadeira de uma vez, rapidamente empurrei as pessoas que estavam na minha frente para o lado e arranquei a foto do mural, jogando-a no lixo logo em seguida. Assim que me reconheceram das fotos, os outros alunos começaram a rir da minha cara e apontarem para mim, fazendo com que um enorme aperto surgisse em meu peito.
Resolvi sair correndo de lá no mesmo segundo e o único lugar seguro que encontrei fora o banheiro, que para minha sorte estava completamente vazio. Rapidamente me tranquei dentro de uma das cabines, me sentando no chão e colocando a cabeça entre as pernas, chorando tão desesperadamente que estava ficando com falta de ar. Muitas perguntas rodavam em minha cabeça ao mesmo tempo. Quando aquele pesadelo iria ter fim? O que eu fazia de errado? Por que aquilo só acontecia comigo?
Por um segundo, desejei ter uma navalha ou qualquer coisa por perto para poder aliviar um pouco a minha dor, mas eu não podia fazer aquilo. Não ali. Quando voltasse para casa, talvez.
Por fim meu celular começou a tocar, tirando-me de meus pensamentos atormentados e rapidamente busquei-o dentro da bolsa, vendo que havia recebido uma mensagem de Bonnie. Eu estava tão desnorteada que havia me esquecido completamente de minha amiga.
Onde você está? Não me deixe sozinha!
Limpei minhas lagrimas que banhavam meu rosto e resolvi lhe responder antes que a mesma se preocupasse demais comigo:
Estou no banheiro, me encontre aqui quando a aula acabar.
Permaneci um bom tempo sentada no úmido e imundo chão do banheiro feminino, pensando no quão errada e triste minha vida era. Quando pensei que a hora não podia demorar mais para passar, o sino anunciando o fim da primeira aula tocou e decidi sair da cabine para poder lavar o rosto. Ninguém podia me ver naquele estado deplorável.
Para meu alivio, Bonnie apareceu minutos depois e parecia preocupada comigo.
– O que aconteceu? – ela perguntou enquanto se aproximava de mim e tomava meu rosto entre as mãos, olhando-me como uma mãe completamente preocupada – Por que estava chorando?
Resolvi contar-lhe tudo o que aconteceu de uma vez antes que ela me enchesse de perguntas desnecessárias. Contei-lhe sobre minhas roupas terem sumido, sobre as lideres de torcida rindo de mim quando sai da quadra no dia anterior e sobre a terrível foto colada no mural da escola pela manhã. Bonnie pareceu horrorizada quando finalizei minha “incrível” história.
– Ah, meu Deus! – ela exclamou, cobrindo a boca com a mão e me olhando com os olhos arregalados – Eu havia ido a lanchonete para comprar um refrigerante e quando voltei não te encontrei em lugar nenhum, até pensei que talvez você já tivesse ido embora. Me desculpe, Becca, não devia ter saído do seu lado. E-Eu...
– Não foi culpa sua – interrompi seu falatório antes que ela começasse a se culpar por algo insignificante como aquilo – E estou bem, eu acho, já estou acostumada com esse tipo de coisa.
– M-mas isso não está certo e estou me sentindo completamente culpada – ela respondeu e encarei seus olhos angustiados – Se eu não tivesse sumido nada disso teria acontecido e eu...
– Pare com isso, por favor – praticamente implorei – Não fique se culpando por algo tão fútil. Agora isso é passado e não podemos fazer nada para mudar isso.
– Você... – ela engoliu seco e encarou-me com seus olhos marejados – Não fez aquilo, fez?
Para responder sua pergunta, estendi o pulso e puxei a manga do suéter que eu usava para cima para que ela pudesse ver o corte em meu braço, o qual estava inflamado e dolorido.
– Rebecca... – ela se apressou em me abraçar e tive que me controlar para não chorar em seu ombro – Você tem que parar com isso agora!
– Harry disse a mesma coisa... – murmurei.
– Harry?! – ela perguntou espantada e se afastou para me encarar – Você contou para ele?
– Contei – respondi com um suspiro cansado – E-Eu precisava desabafar com alguém e ele percebeu que eu não estava bem, então decidi contar-lhe tudo. Primeiramente pensei que ficaria assustado com isso, mas no fim ele acabou me apoiando.
– Oooown! – ela gemeu e sorriu – Que fofo!
Apenas revirei os olhos e peguei minha bolsa no chão, deixando aquele lugar abafado que já estava começando a me dar nos nervos. Eu tinha uma escola que me detestava para enfrentar.
Como se nada pudesse piorar, o resto do dia foi pior ainda. Enquanto passava pelos corredores a passo apressados e com a cabeça baixa, as pessoas ficavam rindo da minha cara assim que me reconheciam das fotos e ficaram cochichando sobre mim pelos cantos, fazendo-me sentir tão horrível como jamais havia me sentido na minha vida. Tudo que eu mais desejava era ir para casa.
Quando a aula finalmente acabou, praticamente corri para casa e, assim que cheguei, fui direto para o quarto. Depois de coloquei um de meus CDs depressivos para tocar, caminhei até o banheiro e encarei meu reflexo cansado pelo espelho, olhando meus olhos completamente vermelhos e doloridos de tanto chorar. Sem nem pensar duas vezes, abri uma das portas do armário e peguei minha sempre fiel navalha, respirando fundo antes de direcioná-la até meu pulso.
Um grito alto saiu por meus lábios quando risquei a lâmina em meu braço e o sangue começara a jorrar de uma maneira não muito normal. Imediatamente entrei em desespero. Eu havia cortado fundo demais.
Me apressei em pegar um papel higiênico para estancar o sangramento, mas não adiantou muito, pois o sangue continuava a jorrar pelo meu braço. De repente, me senti tonta.
Já completamente desesperada e com medo, decidi colocar meu braço embaixo da torneira para limpar a ferida, mas a única coisa que consegui foi transformar a água em um escuro tom de vermelho. Senti minha visão embaçando e encostei-me sob a bancada, fechando meus olhos em total fraqueza.
– Não... – murmurei com a voz fraca e senti meu corpo atingir ao chão. No mesmo segundo, entrei em desespero e lutei para manter meus olhos abertos. Eu não podia morrer agora.
Então a escuridão tomou minha mente e me sentir sendo puxada para cima.

Harry Styles
Querendo conversar com a interessante menina de cabelos castanhos, resolvi mandar uma mensagem para Rebecca pela manhã, mas ela não me respondera durante o passar do dia, o que me deixara estranhamente preocupado. Após contar-me sua triste história de vida e sobre o que estava passando em sua escola, me peguei completamente preocupado com o que poderia ter acontecido com ela. E se tivesse acontecido alguma coisa com ela? Ela disse que não queria ir para a escola naquele dia... E se os outros alunos daquela horrível escola a tivessem feito mal?
Por via das duvidas decidi mandar outra mensagem, pensando que talvez ela não tenha visto a outra. Eu precisava saber se ela estava bem e que nada de ruim havia acontecido.
Rebecca, você está bem?
Nenhuma resposta e me peguei mais nervoso ainda.
– Ei cara – Zayn disse, jogando uma almofada em mim e tirando-me de meus pensamentos atordoados – Você ouviu o que eu acabei de falar?
– Desculpe o quê? – perguntei desorientado.
– Eu disse que o Niall estava querendo ir no Nando’s – ele respondeu, revirando os olhos e cruzando os braços em seu peito – Você anda no mundo da lua esses dias, sabia?
– Desculpe – suspirei – Só estou preocupado com a Rebecca.
– Aquela sua amiga do Skype? – ele perguntou arqueando uma sobrancelha. Acabei por contar à eles sobre Rebecca e eles pareceram felizes por eu ter arrumado uma nova amiga. Realmente era difícil arranjar novos amigos com você sendo um astro da música internacional.
– É – respondi, dando de ombros e checando o celular pela milésima vez – Ela não me respondeu até agora e estou com medo de que tenha acontecido alguma coisa.
– Hmmmmmm – ele murmurou com um olhar malicioso – Tem alguém aqui apaixonado, é?
– Cale a boca – resmunguei enquanto revirava os olhos – Ela é só uma amiga, tá legal?
– Amiga... sei – ele riu e levantou-se do sofá com um pulo – Bom, vou ligar para o Niall e falar para ele passar aqui em uma hora, tudo bem?
– Tudo bem – suspirei e me joguei contra o sofá, fechando os olhos para que pudesse ter, pelo o menos, alguns segundos de paz.
Eu sentia que algo havia acontecido com Rebecca e eu tinha certeza de que não era uma coisa boa.
"Pretty pretty please
(Querido, querido, por favor)
Don't you ever ever feel
(Nunca nunca se sinta)
Like you're less than fucking perfect
(Como se fosse menos que perfeito pra caralho)
Pretty pretty please
(Querido, querido, por favor)
If you ever ever feel
(Se em algum momento você se sentir)
Like you're nothing
(Como se fosse nada)
You're fucking perfect to me
(Você é perfeito pra caralho pra mim)
Perfect - Pink


ta ai mais um capitulo da fic, gostaram?? comentem ^^)

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