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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Fic Little Things Capitulo 1

                                      Capítulo 1 - Skyscraper


Fanfic / Fanfiction de One Direction - Little Things - Capítulo 1 - Skyscraper

Rebecca Simpson
Acordei com o barulho do despertador tocando ao lado da minha cama e vi que já eram 7 da manhã. Hora de ir para a escola. Urgh. Levantei-me da cama preguiçosamente e segui até o banheiro, arrumando-me o mais devagar possível. Torci para que me atrasasse ou coisa parecida, mas a sorte não estava ao meu lado, como sempre, e minha irmã apareceu em meu quarto, perguntando o por que eu demorava tanto.
– Não quero chegar atrasada – disse Annie, me olhando com os braços cruzados e batendo o pé irritantemente no assoalho de madeira – Quero mostrar o novo DVD dos meninos que mamãe comprou para minhas amigas.
Revirei os olhos. Esses “meninos” no qual ela se referia era uma boyband britânica chamada One Direction. Annie era ridiculamente fanática por esses meninos que nem sabiam que ela existia. Sinceramente, eu achava tudo aquilo uma maldita perda de tempo. Por que eu dedicaria minha vida a essas pessoas? O que eu ganharia com aquilo? Isso mesmo, nada.
Com um suspiro, peguei minha bolsa em cima da cama e fomos para a garagem, onde minha mãe nos esperava para nos levar até a escola. Todas as manhãs eu era obrigada a passar por esse tipo de “vexame”, enquanto os outros alunos tinham seus próprios carros e tudo mais, eu era a estranha Rebecca Simpson que ia para a escola com a mamãe. Isso não contava muitos pontos no meu nível de popularidade, que já não era lá essas coisas.
Me despedi de minha mãe quando chegamos e sai correndo do carro, colocando o capuz na cabeça e andando apressadamente até minha sala. Chegando lá, Bonnie já me esperava. Ela era minha única e melhor amiga na escola toda e éramos como verdadeiras irmãs, nunca escondíamos segredos e confiávamos cegamente uma na outra.
Uma coisa que nunca consegui entender era o porque era sua única amiga em toda a escola. Bonnie era linda e super divertida, tinha cabelos lisos e negros, olhos verdes e seu rosto parecia o de uma menininha de 8 anos. Ela era adorável.
– Becca! – ela me cumprimentou com um abraço e nos sentamos em nossa mesa de sempre, de frente para o quadro por sermos alunas dedicadas e estudiosas.
Assim que me sentei fui atingida na cabeça por uma bolinha de papel e rapidamente a peguei do chão, lendo a palavra “PERDEDORA” escrita em letras grandes. Respirei fundo e joguei o papel no lixo, olhando para minhas mãos em seguida e tentando fingir que nada demais havia acontecido.
Essa era minha vida na escola. Eu era xingada e humilhada constantemente por meus colegas de classe, hoje em dia isso pode ser chamado de bullying. Algumas até já chegaram a me bater quando era mais nova ou me agrediam verbalmente, me xingando de perdedora e de estranha apesar de eu nunca ter feito nada com ninguém. Tentava ao máximo não ser notada pelas pessoas e vivia me escondendo nos cantos, para que ninguém pudesse me fazer mal, mas parecia as pessoas me perseguiam. Elas sempre estavam lá, só esperando algum momento de fraqueza para poder infernizar minha vida.
– Não liga para isso, não – Bonnie disse com um sorriso de lado, mas aquilo não me animou muito.
Dei um sorriso mínimo, como se realmente não ligasse para aquilo, mas sabia que mais tarde ficaria lembrando das coisas que eu era obrigada a aguentar, fazendo-me sentir pior do que eu já me sentia.
Depois da aula fui para casa e me tranquei no quarto. Estava pensando em colocar um CD e ficar deitada pensando sobre minha humilhante vida, mas, antes mesmo de pensar sobre o assunto, uma música irritantemente animada começou a tocar no quarto ao lado. Minha irmã estava ouvindo One Direction. Só podia ser brincadeira.
– Abaixe isso! – gritei, batendo com força na porta do quarto dela, mas a musica estava tão alta que ela não me ouviu.
– I wanna stay up all night and jump around until we see the sun! – ela cantava junto com sua voz irritantemente fina.
– Argh! – resmunguei e desisti de tentar falar com ela, saindo pisando duro pelo corredor.
Minha cabeça já estava explodindo quando minha mãe entrou no quarto perguntando o que eu estava fazendo. Respondi que estava tentando descansar e na mesma hora ela gritou com Annie para ela abaixar a música. Só depois de muita gritaria a música foi desligada e, finalmente, pude descansar em paz.

[...]

O dia seguinte foi horrível.
Para começar, minha mãe fora chamada no trabalho mais cedo e tive que ir para a escola de ônibus escolar. Para você que nunca entrou em um, ônibus escolares são as piores coisas nas quais você pode imaginar. Nele só haviam pessoas idiotas e com sérios problemas mentais, que vivem te infernizando e nunca têm nada melhor para fazer na vida.
Durante todo o caminho, um grupo de garotos do terceiro ano ficara implicando comigo, me chamando de "perdedora". E quando finalmente cheguei na escola, não encontrei Bonnie em lugar nenhum, o que me deixara bastante desesperada. Sempre que ela faltava a aula, eu passava o tempo todo sozinha e as pessoas aproveitavam esse fato para implicar comigo mais que o norma. Ela tinha que estar em algum lugar.
Andava apressadamente pelo corredor, rezando para encontrá-la me esperando na sala de aula, quando senti alguem  puxando meu cabelo e rapidamente me virei, dando de cara com a barbie da Melody.
– Onde vai com tanta pressa, Rebecca? – disse ela em tom debochado – A amiguinha faltou foi? Coitadinha, vai ficar sozinha porque não tem amigos.
Ela e o grupo de meninas que estavam junto com ela gargalharam e passaram a mão pelo cabelo ao mesmo tempo. Bizarro.
–Me deixe em paz, Melody – eu disse – Eu nunca te fiz nada.
– Pelo contrario, Simpson – ela disse, chegando mais perto de mim e fazendo nossos rostos ficarem a centímetros de distancia – Os meninos do primeiro ano me contaram que você andou espalhando que já peguei o professor de quimica.
– M-mas isso é mentira! – digo rapidamente – Eu nunca disse nada, eles estão mentindo.
– E você acha que eu vou acreditar neles ou em você? – perguntou ela, me empurrando em direção aos armários.
– Melody, eu juro que nunca disse nada disso! – gritei desesperada, já sabendo exatamente o que ela iria fazer comigo.
Mas ela me ignorou e continuou a me empurrar, até que paramos em um armário vazio e ela me empurrou para dentro dele, fechando-o com força e me trancando lá dentro. Vi seus olhos azuis me olhando pela ela fresta do mesmo e engoli em seco, já sentindo meus olhos queimarem.
– Agora quero ver alguém te tirar daí – ela disse e saiu gargalhando junto com suas amigas nojentas, me deixando trancada dentro do armário.
 Na mesma hora meus olhos se encheram de lágrimas e, com a voz esganiçada, gritei por socorro, mas a aula já havia começado e o corredor estava vazio. Ninguém me ajudaria.  Só depois de umas 2 horas, vi o zelador limpando o chão do corredor e gritei por ajuda. Quando ele viu meu estado, rapidamente me tirou de dentro do armário.
– Muito obrigada – digo enquanto ajeitava minhas roupas.
– Essas crianças de hoje em dia são tão cruéis... – disse ele e voltou a limpar o chão.
Apenas sai correndo da escola. Não queria voltar para a sala e aguentar aquelas pessoas. Eu queria me trancar em casa e fazer a única coisa que aliviava minha dor, uma coisa na qual me envergonhava, mas era minha unica forma de extravasar toda a dor que sentia no peito. Não existia dor pior do que a rejeição da sociedade.
Quando cheguei em casa, larguei minha mochila de lado e subi para meu quarto, sentindo meus olhos doerem de tanto chorar. Coloquei um de meus CDs quem usava para momentos como esses, onde eu só queria sumir.
Quando começou a tocar Skyscraper, da Demi Lovato, minha dor só aumentou e meus soluços preencheram a casa. Porque a vida tinha que ser tão cruel comigo? O que eu fazia de errado? Por que aquelas pessoas eram daquele jeito? Eu nunca fizera nada com ninguém, o mundo era um lugar tão injusto que as vezes não via razão para continuar nele.
Completamente em transe, segui para o banheiro do meu quarto e abri a  gaveta da pia, onde havia uma navalha prateada. Respirei fundo.
Você prometeu, disse a mim mesma, prometeu que nunca mais faria isso.
Ignorando meus pensamentos, sequei as lagrimas que molhavam meu rosto e peguei a navalha. Levantei a manga de minha blusa, mostrando antigas cicatrizes que já havia feito.
Você merece mais que isso, a voz em minha cabeça falava.
Com as mãos tremulas, pressionei a navalha sob meu pulso. Por onde a navalha passava uma linha de vermelho intenso projetava em minha pele. Joguei a navalha ensangüentada no chão depois de três cortes feitos e senti as lagrimas escorrendo por meu pescoço. Me sentei no chão do banheiro e chorei ao ver o sangue pingando no chão.
Você fez, disse a voz na minha cabeça, Sente-se melhor agora? Acho que não.
ME DEIXE EM PAZ! – gritei para o nada e dei um soco na porta, o que só serviu para machucar minha mão.
Depois de um tempo me sentia mais calma, então limpei o sangue no chão e meu braço não sangrava mais. Minha mãe chegaria a qualquer minuto e ela não poderia me ver naquele estado. Desliguei a musica e fui tomar banho, sentindo o corte arder quando a água batera nele.
- Você tinha prometido – disse a mim mesma – Agora olha como você está.
Então deixei as lágrimas se espalharem com a água que caia sob minha cabeça.
"As the smoke clears, I awaken
(Enquanto a fumaça se dissipa, eu desperto)
And untangle you from me
(E desembaraço você de mim)
Would it make you feel better
(Te faria se sentir melhor)
To watch me while I bleed?
(Assistir enquanto eu sangro?)
All my windows still are broken
(Todas as minhas janelas ainda estão quebradas)
But I'm standing on my feet
(Mas eu estou de pé)
You can take everything I have
(Você pode tomar tudo o que tenho)
You can break everything I am
(Você pode quebrar tudo o que sou)
Like i'm made of glass
(Como se eu fosse feita de vidro)
Like i'm made of paper
(Como se eu fosse feita de papel)"
Skyscraper - Demi Lovato




PARO OU CONTINUO?? COMENTEM!!!!

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